domingo, 23 de outubro de 2011

Estrada Real - 9º e 10º dias - 22 e 23/09/11

Guaratinguetá-Cunha (47,47 kms) 22/09/11
Cunha-Paraty(46,11 kms) 23/09/11

É chegada a hora do adeus! Adeus às Minas Gerais, as terras altas da Mantiqueira, ao prazer de viajar sendo transportado por sua própria energia, de transpirar ao ar livre, de sentir a brisa gelada da manhã, de dar bom dia à natureza, é papo de maluco? Não sei se é loucura, mas é acima de tudo se sentir vivo, feliz, liberto de tudo aquilo que lhe desagrada sem ter de recorrer a alguma droga seja lícita ou não, nem que seja por alguns dias.
Nestes dois últimos dias, foram feitos no asfalto até o fim da rodovia que termina juntamente com o Estado de São Paulo, a partir adentramos no Parque Estadual da Bocaína. Pedalamos em um Estradão bonito dentro da Mata Atlântica, com muita pedra, algumas poças d'água, havia chovido na noite anterior. Normalmente nessa região com facilidade chove, acredito que em razão da mata que atrai umidade.
No trecho Guará-Cunha, não há muito a registrar, trecho todo em asfalto, subidas fortes, sol forte, seguimos em um bom ritmo, nos hospedamos em uma boa pousada, piscina apesar de precisar de uma limpeza, tomamos "umas copas" com tira-gosto que acabou sendo nosso almoço, um bom banho, camas confortáveis, ar-condicionado, vida de rei. Jantamos no centro de Cunha depois de um táxi e acabamos por perder a hora. Comemos sanduba, e por volta das 21 hs já não havia mais táxi na cidade. Por sorte, encontramos um que passava por onde estavamos.
No dia seguinte, um farto café-da-manhã, ansiedade e expectativa pelo derradeiro dia, é chegada a hora de finalizar nossa jornada. Logo na saída da cidade, uma grande subida e assim foi durante todo o dia, a vontade de chegar era grande, em Paraty minha esposa já me esperava juntamente com meu primo e sua esposa em uma pousada da cidade, a bike cada vez mais piorava me deixando sem tração no pedivela, o que me deixava nervoso, chegando a chutar o pedivela que girava sem resistência alguma.
Ficava me perguntando o que está tentando me impedir de chegar a Paraty? Tentava me controlar, pois a vontade era de jogar a bike longe, mas sabia que era idiotice, que não ia resolver meu problema, simplesmente eu estava azarado mesmo.
No caminho, encontramos uma refrescante cascata, onde tomamos banho apesar da temperatura estar longe de ser a mesma das praias ao qual estamos acostumados. Depois da descida técnica da Serra da Bocaína, encontramos uma lanchonete aberta e comi um saboroso pastel de banana. Continuamos a descida e voltamos a encontrar asfalto o que fez descermos mais rápido ainda, mas de forma ainda cautelosa por causa da umidade que poderia ter criado algum lodo. Depois de tudo o que mais eu deveria impedir era uma queda nessa hora. Enfim, chegamos a Paraty, e como também acabou a descida fiquei totalmente sem ter como pedalar,  o jeito foi ser empurrado em alguns trechos e depois empurrar a magrela, ao chegarmos na ciclovia da cidade peguei um táxi em razão de estarmos no início da tarde. Coloquei a magrela na mala do táxi, e Zeca e Macelo me seguiu até a bicicletaria onde havia acertado que deixaria a bike para ser limpa e embalada numa caixa de papelão. Eles pegaram as caixas deles e botaram no táxi que ainda me levou até a pousada logo perto dali e a partir daí os levou até a pousada deles que ficava mais distante. No dia seguinte, ainda nos encontramos nos tradicionais passeios de veleiro, e no domingo cada um seguiu seu rumo, eu fui de busão com a esposa e a magrela até o Rio logo pela manhã e Zeca e Macelo seguiram à tarde ficando hospedados em casa de parentes de Zeca.
Em resumo, foi uma cicloviagem inesquecível onde conheci duas pessoas que foram fundamentais para que essa aventura desse certo, recomendo que todos façam a Estrada Real, com um bom condicionamento, com equipamentos novos e de boa qualidade, pois não é fácil encarar diariamente aquelas serras todas e com o tanto de poeira que existe. A região nem se fala tamanha a beleza, a natureza ainda existe por lá. Pedalar é arretado!!

sábado, 22 de outubro de 2011

Estrada Real 8º dia 21/09/11

Trecho: Itanhandu-Pssa Quatro-Garganta do Embaú-Cachoeira Paulista-Lorena-Guaratinguetá


Total: 80,75 kms

Éééééguááááá!! Huáá! Huáá! Huáá mil vezes!!! Que frio das moléstias dos cachorros doidos!! A saída de Itanhandu não foi fácil, pensava eu que seria aquele friozinho natural de começo da manhã, mas o quê? Saí sem as luvas, tipo segunda pele, meus dedos tinham a sensação que estavam segurando uma barra de gelo, pareciam realmente que estavam queimando. Aos poucos fui me acostumando com o desconforto e o sol também foi entrando no seu ritmo e logo tirei meu casaco e seguimos viagem.
Quem está acompanhando nossa epopéia pode ter percebido que este foi o dia que mais pedalamos, sim, foi, mas também podem perceber que depois da Garganta do Embaú, nos vídeos podem parecer que estamos usando bicicletas elétricas, mas não, era um tal descer, descer, e descer, parece que zeramos o acumulado de subidas de toda a viagem.
Vale o registro que todo cuidado é pouco quando começamos a descer o single que fica depois do marco da Revolução Paulista e à direita da imponente grande árvore. Há trechos com raízes, tocos, pedras, vossorocas (valas), enfim, pra quem gosta de terrenos acidentados é um parque de diversões.
Chegando lá embaixo tudo é festa, tudo é plano, asfalto, então com o ritmo em que estavamos acabou sendo natural fazermos a quilometragem que fizemos.
Lembro que nas proximidades de Guará encaramos uma ventania doida que tudo levava a crer que o tempo mudaria,  já no trajeto ou no dia seguinte, mas tudo correu bem e continuamos sem ver chuva na viagem.
Fato preocupante é que minha bike estava acusando outro grave problema, o núcleo do cubo apresentava desgaste, que não foi observado na revisão que fiz em uma bicicletaria daqui do Recife, azar o meu!! Em alguns momentos simplesmente ao girar o pedivela eu perdia a tração e ficava sem impulsionar a magrela.
Mas, entre mortos e feridos, chegamos a Guaratinguetá, nos alojamos no Hotel Frei Galvão, que fica no Centro e junto da Igreja Matriz. Muito simples, meio caído, deixa uma vontade de procurar outro, mas naquela altura do campeonato, seria só mais uma noite, cansados física e psicologicamente de pedalar durante todo o dia, 35 reais para cada com razoável café da manhã, próximo da Casa do Frei Galvão, que minha esposa é devota e colocou o nome Antonio no nosso caçula, considerando tudo isso, resolvemos ficar por lá mesmo. À noite que  ninguém é de ferro, pegamos um táxi e seguimos para uma churrascaria tomar "unas copas" e comer carne!!! Macelo já havia tomado banho com sua magrela e eu e Zeca apenas as lubrificamos. Valeu.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

cicloturismo - preparação física

Artigo extraído do site da revista Bicicleta e postado pelo Cicloturista profissional Antonio Olinto.

"O verão é tido como a melhor época de férias em nosso país, entretanto, conforme o destino escolhido, o inverno pode ser a melhor estação, tendo em vista que em grande parte de nosso país as chuvas são menos frequentes. Em todo sul de Minas e Mantiqueira o clima fica simplesmente perfeito, com céu azul durante o dia e noites frias e aconchegantes para dormir.
As férias de julho estão longe, mas se quiser fazer uma bela viagem pela Mantiqueira, Estrada Real ou Caminho da Fé, por exemplo, o melhor é começar a treinar hoje mesmo.
Não acho recomendável, mas sei que é possível começar uma viagem de bicicleta com pouco treino e adquirir condicionamento na própria viagem. Neste caso, você terá que dispor de muito mais tempo para fazer paradas de descanso e recuperação a cada etapa pedalada, correndo o risco de sofrer lesões que comprometam a viagem.
Com a falta de tempo para uma recuperação efetiva na própria viagem, é imperativo que o cicloturista faça um forte treinamento prévio e, mesmo assim, saiba que não há treinamento que se equipare a uma viagem de verdade. Na viagem, o cicloturista enfrenta inúmeras variantes imprevisíveis como chuva, frio, relevo e acidentes de percurso que podem atrasar o horário das refeições, do banho ou do sono.
Mesmo que você não possua muita força ou resistência (grupo em que me enquadro) ou que não esteja muito treinado, poderá aprender a utilizar a paciência, a persistência e a disciplina como aliadas.
Em uma viagem de bicicleta geralmente não se buscam recordes, tampouco grandes velocidades, mas sim aprendizado, conhecimento, vivências e lazer. Por isto o condicionamento necessita ser bom o bastante para evitar que as dores e a estafa muscular absorvam o deleite.

Não é necessário treinar velocidade, mas constância. Constância no ritmo de 70 pedaladas por minuto, em subidas ou descidas, e constância na frequência das saídas para treino.

De forma geral, aconselho como treinamento mínimo uma hora por dia e alguns testes nos finais de semana, onde o cicloturista deve pedalar quantas horas possa suportar - cinco, seis, sete ou mais, para ter uma ideia de como e em quanto tempo poderá vencer cada etapa do caminho. Dores nos músculos são naturais, entretanto cuidado para não gerar lesões, aguarde a recuperação e volte aos treinos. Se as dores persistirem, consulte um especialista.

Pedalar ao menos uma hora por dia sob quaisquer condições climáticas gera um ingrediente fundamental no viajante: a resistência, que é vital em todos os tipos de viagem de bicicleta. Ela nos dá a coragem e disposição de prosseguir a viagem mesmo que, nas primeiras horas do dia, o clima esteja péssimo ou que nos sintamos esgotados após o terceiro ou quarto dia de viagem, quando a primeira empolgação já se foi.

É importante descansar antes ou depois de fazer um teste de final de semana. Geralmente o bom condicionamento físico só chega após uns três meses de treino sério. Por isso planeje com antecedência suas viagens.

Desde o início do treinamento é imprescindível que a bicicleta seja equipada com um ciclocomputador devidamente aferido, para que o cicloturista

possa acompanhar a sua evolução física. Conforme minha experiência e a média das pessoas que encontrei pelo mundo viajando de bicicleta, um bom teste é conseguir fazer 100 km em um único dia (para homens e mulheres). Caso consiga realizar esta distância sem sofrer um desgaste sobre-humano, o cicloturista já pode se considerar diplomado para viajar para qualquer lugar do mundo com sua bicicleta. Claro, conforme o roteiro nem é preciso tanto, por exemplo, a maior etapa do Caminho da Fé é de trinta e poucos quilômetros, acredito que um cicloturista que consiga pedalar por 70 km já é capaz de vencer esta etapa.

Para mim, pedalar é um exercício tão natural como caminhar; em 1992 era um sedentário total e em um ano estava viajando o mundo de bicicleta, me exercitando por seis, sete, oito horas por dia - o mesmo que um atleta olímpico. Nunca tive lesões pois nunca forcei demasiadamente, meu intuito sempre foi o deleite.

Na volta ao mundo de bicicleta nunca fazia alongamentos, afinal pedalava oito horas por dia e caminhava menos de uma, seria mais recomendável alongar para caminhar que alongar para pedalar. Meu alongamento sempre foi de forma natural enquanto realizava tarefas simples como fazer comida, montar e desmontar acampamento, afinal não tinha as facilidades de uma cadeira ou cama. Hoje percebo que sempre que faço alongamentos a recuperação dos músculos é muito melhor.

Finalmente, mesmo que não tenha planos de viagem ou que nem goste de bicicleta e está lendo esta matéria enquanto espera sua hora no dentista, lembre-se que o corpo do ser humano é de um caçador - coletor, feito para caminhar o dia todo em busca de alimentos. As facilidades da vida moderna têm alterado de forma radical esta rotina com graves consequências, e acredito que de alguma forma cada um de nós deve encontrar soluções para reequilibrar esta situação. Talvez pedalar uma hora por dia só estará compensando o sedentarismo, então tente ao menos trocar circuitos de carro pela bicicleta, o elevador pela escada, o ônibus pela caminhada e sentirá a resposta imediata: seu corpo funcionará melhor de forma geral e terá muito mais disposição.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Estrada Real 7º dia 20/09/11

Trecho: Caxambu-Pouso Alto-Itanhandu

Total: 51,77 kms

Este foi um dos dias mais difíceis a ser superado, as serras e montes não mais nos intimidavam, contudo, uma das coisas que mais aborrece um cicloviajante é errar o caminho e ter de voltar o que já pedalou, tudo ocorreu porque nos empolgamos com o caminho, relaxamos, e deixamos a responsabilidade da navegação por conta dos Zuandeiros de Aracaju. Na Estrada Real existem apenas marcos indicando que você está na Estrada Real mas não há indicações nas bifurcações qual o caminho a seguir. Somente em dado momento foi que percebemos que algo estava errado e logo depois confirmado que estavamos no caminho errado por um sitiante que passava por aquele local. O pior é que nas Minas Gerais ou se está subindo ou se está descendo e nós havíamos subido muito, vocês não tem idéia do quanto!! Enfim, voltamos e encontramos o ponto que havíamos passado batido, "No meio da subida, no cruzamento, virar à direita atravessando o mata burro." Depois dessa decidimos nos separar dos Zuandeiros, não que os caras sejam amarrados mas é que o grupo deles era maior, seis ao todo, e não era tão coesos como o nosso trio. Daí não erramos mais mas o sol tava que tava, e rapidamente Zeca acusava desgaste. Paramos em um bar no bairro de Tapera onde recuperamos a energia nos hidratando e comendo um saboroso sanduba de mortadela com queijo. Seguimos viagem até encararmos um morro conhecido por "Alto da Cruz", por que será?? Mais eis que o destino prega mais uma peça com a Lady Gaga, o câmbio traseiro, um Deore, simplesmente partiu, rachou, quebrou em dois, isto em primeiro momento foi a corrente, o passador travou no aro da roda traseira e depois foi que o câmbio tinha se partido também!! Menos mal que já estava no alto e aí meio que desci a serra na "banguela" ora empurrado pelo Macelo ora pelo  Zeca. Imagino a cena, um "cabra" de quase dois metros com cerca de 100 quilos sendo empurrado por dois pesos médios. Chegando lá embaixo, em Pouso Alto, nos encontramos com o Boblitz, dos Zuandeiros, que seguia rumo a Itanhandu de forma solitária. Como não tinhamos como substituir o câmbio em Pouso Alto decidimos seguir rumo a Itanhandu de busão, distante ainda cerca de 15 kms. Lá chegando consegui trocar por um mesmo Deore só que invertido, fazer o quê? Acabamos por nos hospedar no mesmo hotel Casarão onde estavam os Zuandeiros vez que a Pousada dos Sonhos, próximo da bicicletaria e da rodoviária, era um verdadeiro pesadelo. Depois de um revigorante banho no banheiro coletivo que nos sobrou do hotel, vez que as suítes estavam ocupadas, seguimos para jantar em um restaurante onde já estavam parte do grupo dos Zuandeiros. Tomamos algumas "copas" e pedimos dois pratos e ainda beliscamos as sobras dos Zuandeiros, pense numa fome!!



Estrada Real 6º dia 19/09/11

Saímos do paraíso que foi a Pousada da Dona Francisca, recomendo a todos, fomos muito bem recebidos e tratados, ótima refeição, instalações franciscanas mas bem confortáveis. Enfim, passamos pela histórica Fazenda Traituba que hoje corre na região que pertence ao filho do Lula não sabendo informar de que forma será utilizado se como lazer ou retomará as atividades de hotel. Bem, durante o pedal posso destacar as belezas naturais da região, continuamos sem pegar uma gota de chuva, o tempo seco nos obrigava a constantemente usar baton de cacau para preservar os lábios, a garganta seca era amenizada com goles de água. Encaramos uma subida de uma baita serra com muita areia fina e solta onde na base há uma placa bem esclarecedora "só sobe 4x4". Após termos pago nossos pecados, acho até que já estamos com um bom crédito, chegamos a Cruzília onde saboreamos maravilhosos queijos com suco enlatado bem gelado, e seguimos até Baependi e finalmente a Caxambu. Vale registrar que o trecho Baependi a Caxambu, apesar de curto e plano é muito desgastante pois é totalmente pedregoso e a magrela é chacoalhada até o fim, e nós junto!! Em Caxambu, rapidamente nos hospedamos em um bom hotel da cidade onde também se hospedaram os Zuandeiros de Aracaju, trocamos de roupa e partimos a pé mesmo para o parque de águas minerais na intenção de ainda tomar um banho de piscina para relaxar da viagem, mas estavamos sem sorte o parque estava aberto mas não o balneário, então como consolo, fomos tomar uma "gelada" com uns petiscos nas proximidades e depois fomos visitar as fontes. Retornamos ao hotel e à noite ficamos pelo saguão mesmo comendo queijo que o Zeca trouxe de Cruzília e a base de mais suco de uva, papeando com a galera de Aracaju. Por volta das 21:00hs fomos dormir que amanhã ainda teria mais estrada.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Estrada Real 5º dia 18/09/11

Neste dia recordo que foi bem tranquilo até chegarmos em Traituba que é tão somente uma vila que se originou de uma Fazenda de mesmo nome que tem uma estória bem interessante. Contam os historiadores que seu proprietário, à época, isso "no começo do séc. XIX, propriedade de João Pedro Diniz Junqueira que por ser amigo da corte, sempre recebia a visita do imperador D. Pedro I. Sua Majestade tanto gostava da região que o Sr. João Pedro, resolveu constuir uma belíssima casa para poder recepcionar não só sua majestade, como também toda a corte. A construção demorou por volta de 10 anos. Após terminada (1831), trancou-se o portal principal para que fosse aberto só com a chegada de D. Pedro I. Sua Majestade nunca mais teve condições de vir à região por causa dos problemas no final de seu reinado. Com isto a família convencionou em abrir o portal no dia do casamento da primeira filha nascida na casa. Outra decepção, durante duas gerações inteiras nenhuma moça nasceu e o portal ficou fechado por mais de cem anos, quando em 25 de maio de 1988 D. Luiz de Orleans e Bragança retribuiu a visita de seu ancestral."

                           Isto posto, ao chegarmos nessa região não encontramos nenhuma pousada, estacionamos na igrejinha próxima a linha de trem e ficamos na dúvida se seguíamos até Carrancas a cerca de 28 kms, isto já no final de tarde, ou tentavamos nos hospedar na casa de algum sitiante caridoso, incialmente conseguimos que uma senhora nos recebesse, informação esta conseguido com algumas mulheres que preparavam deliciosas coxinhas nos fundos da igrejinha para uma festividade da paroquia.
                            Depois de consumirmos algumas coxinhas bem servidas com refrigerante seguimos para a casa da senhora, só que fomos recebidos pelo seu marido que disse que não tinha como nos receber e indicou sua irmã, D. Francisca, dona de uma mercearia, onde compramos o refrigerante. Sábio homem!! Ainda bem que ele não nos recebeu nos hospedamos na casa da D. Francisca, onde reside com seu esposo, cunhado, filho e sogro. Instalações franciscanas mas muito aconchegante. Tomamos um ótimo banho, nós e as magrelas, comemos bem e fartamente, e dormimos como anjos. Cedo da manhã partimos na nova jornada em direção à Carrancas.


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Circuito Costa Verde Mar 2012



Estrada Real - 4º dia - 17/09/11

Neste dia eu e Macelo saímos de Tiradentes e nos encontramos com Zeca em São João, Del Rey. Na saída de manhã bem cedo, tipo 6:20hs, estava bem frio mas seguimos mesmo assim, quem madruga Deus ajuda. Chegando em São João, Zeca ainda estava de pijama no saguão do hotel, fanfarrão!! Saí para comprar lanche para Macelo já que saímos sem café da manhã. Macelo ficou tentando instalar um bagageiro novo já que o dele havia quebrado nas descidas para Tiradentes. Ele usava um que prende no canote. Enquanto isso comi feito um bicho no trailer do Tatu. Vitamina de abacate e uma outra de banana e mais um sanduíche natural e uma empada e ainda mais um salgado de bacalhau, ufa!! Levei um suco e uma esfirra para Macelo. Chegando na praça em frente ao Hotel Brasil onde Zeca se hospedou o bagageiro que Zeca havia conseguido não cabia na bike de Macelo, seguimos para bicicletaria onde Zeca havia comprado o bendito bagageiro. Chegando acabamos por instalar o bagageiro que eu usava na bike do Macelo e o novo bagageiro do Macelo na minha. Resolvido mais esse problema, seguimos viagem. Em decorrência de mais esse contratempo fomos obrigados ao chegar em São Sebastião pegar uma kombi e seguir direto para Caquende a tempo de pegar a balsa. Chegamos na excelente pousada do Reis já em Capela do Saco já no final da tarde onde podemos curtir um lindo pôr-do-sol.


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Estrada Real 3º dia - 16/09/11

Neste dia, o Zeca teve que seguir de Prados a São João Del Rey, by bus, em razão de quebra da sua bike, foi triste mas foi necessário, em Prados não tinha como consertar, eu e Macelo seguimos até Tiradentes e dormimos na Pousada do Bebeto, horrível!! À noite fomos jantar e na volta para a pousada tava fazendo um frio desgraçado, eu como estava melhor agasalhado ainda fui comprar água e o Macelo deu um sprint até a pousada, acho que na corrida o pé alcançou a bunda...kkkkkkkkkk


Mirabilândia dos bikers italianos!!

domingo, 9 de outubro de 2011

Estrada Real 2º dia - 15/09/11

Neste trecho saímos de Ouro Branco, que fica a apenas 32,26 kms de Ouro Preto, todo em asfalto, , mas com 889 kms de ascendência, e fomos em direção a Casa Grande passando pelas cidades de Conselheiro Lafayete e Queluzito, agora em circuito misto, asfalto e "estradão". Lembro que foi um pedal tranquilo apesar de termos passado em uma bicicletaria para substituir aros quebrados e consertos de câmaras furadas já em Conselheiro Lafayete, então, corrigindo foi um pedal tranquilo em se tratando de Estrada Real. Saímos por  volta das 07:00hs chegando em Casa Grande em torno das 16:30 hs. Curtam o vídeo e deixe seu comentário. Ainda faltam mais oito vídeos correspondentes aos dias restantes. Valeu.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Trilha das Trilhas!!!


3° Trilha das Trilhas de Mountain Bike de Limoeiro-PE

Nessa 3° edição de mais uma aventura extrema vem trazendo muito mais adrenalina e diversão.

Essa trilha da mata de salgadinho, é uma trilha pra ninguém botar defeito, percusso total de 60km. Ela inicia com a 1° parte de estradão, 2° parte nas pedras de belas paisagens, 3° parte rio e riachos a serem ultrapassados e parada para reabastecimento de agua e lanche, 4° parte inicio da trilha de XC, 5° parte entrada na mata (se caso chover um dia ou dois dias antes vai ter uma bela cachoeira), 6° parte mirante com uma decida de 4km que pode atingir até 70km/h, 7° parte parada para reabastecimento de agua e 8° parte retorno com chegada prevista para 2:00 da tarde. Irá ter um local para tomar banho, para se aprontarem.

A cidade de Limoeiro tem ótimos restaurantes.

Forte abraço e aguardo resposta.

ADM Elite Biker's (Heleno)

Enilton Jr (Gundo)

Cel: 81 97486849 / 86804023

E-mail: enilton.jr@hotmail.com

Orkut: aquabike@hotmail.com

Blog: http://aquabikeaventuras.blogspot.com

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Estrada Real 1º vídeo



Eis nosso primeiro vídeo da Estrada Real. Aí foi nosso primeiro dia de Ouro Preto a Ouro Branco/MG. Espero que gostem e aguardem os próximos!! Valeu!!!

sábado, 1 de outubro de 2011

Fragmentos da Estrada Real

Enquanto ainda estou gravando os vídeos colhidos na GOPRO e repassando ao Macelo e ao Zeca para então começar a editar as fotos e vídeos produzindo os clipes da viagem, vou deixando aqui mais registros da nossa aventura.
Cãmbio Shimano Deore partido

Chegando em Guaratinguetá


Vista do Valeu do Embaú




Qual a cicloviagem que você nunca deixaria de fazer?